quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Meta







Sobreviver sempre foi a meta


De preferência passando desapercebido


Até que um dia alguém


Uma voz ecoou ... pra’além dos quatros cantos


Não mais sobre vida


Vida sempre afinal humano eu sou


Sou tão quanto o outro e


Talvez até um pouco mais


Mas nem eu acreditava


Nem eu sabia


Cresci acreditando na mentira que me contaram


Nasci pensando e conformado em sobreviver


Apenas obedecer, cumprir realizar os sonhos de alguém


Era como no mito, caverna como zona de conforto


Vivendo no escuro com medo da luz


Carregando o quase nome de alguém


Que assim o desejava


Que quando queria, dava, vendia ou com a vida acabava


Ai. Acordei, acordamos concordamos em arriscar


Ao ouvir a voz da liberdade, a voz da vontade


Vontade de viver, vontade conatus, vontade como potência


Viver então passou a ser um fato e não mais um fardo


Já não peço mais ao Divino que abrevie tua vontade


Agora faço, aconteço, perturbo e incomodo


Falo, bato no peito, grito bem alto


Não sou mais quem você queria


E me fez acreditar


Tenho de mim a melhor das impressões


Sou NEGRO sim


Sou assim, assim que sou


Sou ser sou humano


Sou gente e não mulambo


Sinto, se isto te incomoda


Mas ser NEGRO é atitude e não apenas moda


Nasci sim pra incomodar


E já que não conseguiu me exterminar agora guenta...


Negro, Criolo, Preto metido cheio de querer .. é !!


É assim mesmo que sou


Alma , atitude, força e vigor


Não falo isso pra concorrer


Falo e faço o que nasci pra fazer


Não faço nada pra te menosprezar


Mas menos que bom


Já não consigo me imaginar


Sou Negro não esqueça disso


Se não, todos os dias vou te lembrar !!!


Ser é a meta !!!









Elieser Santos 06/11/2013

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